Contra a PLP 257, servidores paralisam atividades em Piranhas

O dia nacional de mobilização contra o PLP 257/2016 em Alagoas foi marcado por ações nos câmpus do IFAL. A principal delas foi a paralisação em Piranhas, onde professores e técnicos suspenderam suas atividades regulares para realizar um debate junto aos alunos sobre a situação do país, fazer uma oficina de cartazes e ir à rádio local. Em Penedo, Satuba e Maceió, o Sintietfal espalhou faixas em repúdio ao projeto de desmanche dos serviços públicos.

 

 

A mobilização trouxe a temática do cenário político e econômico atual para dentro do IFAL. As faixas serviram para alertar que a nova lei pode até demitir servidor público e a atividade no câmpus Piranhas mostrou a importância de lutar de forma incisiva em defesa da educação e de outros serviços públicos ameaçados pelos governos.

 

“Sem a nossa mobilização, sem a nossa ação mais efetiva para expor nossas demandas perderemos muito, principalmente nesse cenário extremamente desfavorável ao serviço público”, afirmou o professor de sociologia, Levy Brandão.

 

 

Para o docente, a paralisação foi fundamental para conscientizar servidores e alunos do momento vivido no país. “Apesar da gente ter suspendido as atividades regulares, temos cumprido o papel de escola despertando uma cidadania mais ativa. Às vezes, um momento como esse acaba sendo mais efetivo do que as aulas comuns”, disse o professor.

 

O debate em Piranhas teve como tema "a conjuntura nacional e a PLP 257" e contou com a exibição do documentário Dívida Pública Brasileira – A soberania na corda bamba, demonstrando a grande sangria de recursos públicos e a corrupção que é o sistema da dívida. Logo depois, os alunos produziram cartazes traduzindo a discussão em frases de efeito escritas nas cartolinas que foram empunhadas numa passeata simbólica realizada dentro do campus, “ensaiando um futuro ato para fora dos muros do ifal”, explicou Brandão.

 

 

O debate ainda ganhou as ondas da Rádio Independente. A população de Piranhas e da região pôde entender a política no Brasil e o que representa o governo ilegítimo que tomou posse hoje. “Se já tinham medidas neoliberais sendo tomadas no governo da Dilma, provavelmente no governo Temer se intensificará e os serviços públicos ficarão pior para o povo”, completou o professor.

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