Ponto Eletrônico é rejeitado em Murici

Os servidores do câmpus Murici, reunidos em Assembleia Municipal convocada pelo Sintietfal, decidiram não aderir ao ponto eletrônico imposto pela Reitoria aos técnicos administrativos. A decisão foi tomada nesta terça-feira, 21 de junho, e definiu que os TAEs continuarão assinando o ponto manual até a realização de uma assembleia geral do Sintietfal para debater a unificação dessa luta com toda a categoria.

 

O diretor adjunto do Sintietfal em Murici, Yuri Deleon, defendeu a importância do não ao controle eletrônico de frequência. “Nossas lutas e a greve em 2015 fizeram a Reitoria recuar desse tipo de controle e do fim da flexibilização da jornada, de forma imediata. Mas, eles mudaram a tática e têm implantado gradualmente pelos câmpus e já em agosto todos os servidores serão obrigados ao registro eletrônico de frequência. Nós não concordamos e, por isso, continuaremos com registro manual”, disse Deleon informando que essa decisão está sendo oficializada aos gestores.

 

A implantação do ponto eletrônico tem ocorrido de forma experimental desde maio na Reitoria e nos câmpus, inicialmente por alguns setores, como a DGP e a CGP. Entretanto, o ponto eletrônico e o manual coexistirão até julho, quando atinge a todos os TAEs.

 

A diretora jurídica do sindicato, Elizabete Patriota, esteve presente na reunião e ressaltou que a produtividade não está associada a essa forma de controle de ponto: “o que a Reitoria está querendo fazer é trazer da iniciativa privada modelos que não se coadunam com as necessidades e os desafios das instituições públicas educacionais. Na realidade, há uma clara política de precarização de direitos do servidor público que afetam decisivamente a prestação de serviços à sociedade”.

 

Para Patriota, esse é o momento de a categoria resistir. “Queremos convocar todos a discutir conjuntamente essa situação e organizarmos essa luta coletivamente. O sindicato é contra o ponto eletrônico e achamos que a categoria deve só assinar o ponto manual”, disse a diretoria jurídica convidando os TAEs para a próxima Assembleia Geral do Sintietfal a ser definida ainda nesta quarta-feira.

 

Para Mayara Esteves, diretora de comunicação, o ponto eletrônico é a ferramenta que a Reitoria precisa para acabar com a flexibilização da jornada dos TAEs. “O Governo tem anunciado corte de verbas para educação e o fim dos concursos. A Reitoria quer aumentar nossa carga horária para nos fazer pagar essa conta. O ponto eletrônico é o prelúdio de retrocesso em nossos direitos, inclusive no que diz respeito as 30 horas”, disse Mayara que parabenizou os servidores de Murici pelo exemplo de resistência saindo à frente, mais uma vez, nessa luta.

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