Paralisação estudantil alcança câmpus Satuba, Coruripe e Piranhas

 

Os estudantes dos Câmpus Satuba, Coruripe e Piranhas não entraram em sala nesta quarta-feira, dia 5 de outubro, em protesto contra o Governo Temer e suas medidas de precarização da educação.

 

A paralisação, desta vez, foi realizada pelos próprios estudantes que aderiram a uma movimentação nacional em busca de pautar com seus pares o debate sobre a PEC 241, a MP 746, o PLP 257, o quadro orçamentário e financeiro de 2016 e a LOA 2017.

 

De acordo o vice-presidente do Grêmio do Câmpus Satuba, Winnycios Araújo, houve uma articulação estudantil, em todo o Brasil, para realizar paralisações e atos neste 5 de outubro. “Domingo a gente recebeu um chamado dos estudantes do IFMS para que todos os estudantes dos IFs participassem. Criamos um grupo do whatsapp, passamos em sala e os alunos concordaram. Hoje, já estavam todos fora de sala no horário marcado”, afirmou o gremista.

Em Satuba, os estudantes participaram de uma mesa de debates sobre os ataques do governo, fizeram cartazes e, pela tarde, com instrumentos de fanfarra, protestaram pelos corredores, pelo gabinete e setores administrativos.

 

O tesoureiro adjunto do Sintiefal, Valdemir Chaves, esteve no debate junto ao presidente e a diretora jurídica do Sindicato, Hugo Brandão e Elizabete Patriota, respectivamente. Valdemir saudou a manifestação, falou sobre a luta por direitos e lembrou que o 5 de outubro também é a data em defesa da escola sem mordaça.

 

“Os direitos que os trabalhadores e a juventude lutaram durante anos para conquistar estão sob fortes ataques. É preciso conscientizarmos do nosso papel de cidadãos e fazermos mobilizações, nas ruas e nas redes, para barrar as ações daqueles que querem nos manter em condições precárias e nos calar”, disse o professor.

 

Em Piranhas, os estudantes paralisaram, por completo, pela manhã e pela tarde. Ao invés de aulas, eles foram para o auditório, passaram vídeos e falaram sobre a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio. Os servidores manifestaram apoio à paralisação.

 

“Hoje a paralisação foi inteiramente dos alunos. Nós, enquanto servidores, manifestamos apoio e demos toda a autonomia deles terem um momento de discutirem e lutarem”, afirmou a diretora do Sintiefal, Laís Góis.

 

No município de Coruripe, os estudantes também aderiram à manifestação. Entretanto, paralisaram apenas pela manhã, pois houve pressão dos gestores do câmpus para as aulas não pararem, com a ameaça de corte na ajuda-de-custo.

 

“Eles disseram que os estudantes que não fossem para a aula de reposição de filosofia (que acontece no turno da tarde porque estava faltando professor) não receberiam os 60 reais da passagem que o IFAL nos paga”, denunciou uma estudante do câmpus.

 

Na avaliação de Winnycios, a mobilização estudantil foi importante. “A paralisação foi muito satisfatória. Os estudantes entenderam o que estamos sofrendo e que mais vale um dia perdido de aula para fazer a luta do que perder a educação pelos próximos 20 anos”, concluiu o estudante.

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