Conif desmascara estudo do Banco Mundial e condena privatização da educação pública federal

41ª Reunião de Dirigentes das Instituições Federais da Educação Profissional e Tecnológica foi aberta no dia 20 de novembro, na Paraíba

O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, em nota publicada nesta quinta-feira (23), repudiou a divulgação tendenciosa do jornal O Estado de São Paulo e outros órgãos da imprensa do relatório do Bando Mundial, que defende o fim da educação superior pública no país.

Para os Reitores dos Institutos Federais, Cefets e da Escola Pedro II, no estudo intitulado “Um ajuste justo: uma análise da eficiência e da equidade do gasto público no país”, o Banco Mundial, propositalmente, manipula informações com o objetivo da defesa da privatização.

“Os dados divulgados são irreais, contrastam com os indicadores positivos registrados nos últimos anos e, o mais grave, negam o investimento em uma área social prioritária, ao desconsiderar a atuação exitosa, socialmente reconhecida, dessas instituições, bem como ignoram a capilaridade dos institutos federais”, afirma a nota aprovada na 41ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec).

No caso dos Institutos Federais, o Bando Mundial e a imprensa desconsideram ainda a qualidade e as modalidades da educação ofertada, reconhecida internacionalmente. De acordo com o “último exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizado em 2015 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Rede Federal teve médias superiores às de países considerados referência em educação, como Alemanha, Coreia do Sul e Estados Unidos”, prossegue o documento.

“Ao excluir a oferta da educação profissional técnica de nível médio, o relatório distorce a realidade, pois utiliza como dado geral um recorte que não corresponde ao universo das matrículas. Ao assim se posicionar na divulgação de notícias, o Estadão e outros canais de comunicação corroboram a ideia da existência de um custo irreal do aluno do ensino superior, na medida em que não o integra no contexto geral de matrículas, o qual abarca desde a Formação Inicial e Continuada até a Pós-Graduação”, explica.

Ao concluir a nota, os Reitores rechaçam a proposta do Governo e dos Banqueiros, do fim da educação pública, e defendem a Rede Federal. “Diante do exposto e considerando que mais de 80% dos estudantes são de origem socioeconômica menos favorecida, o Conif reitera a defesa da educação pública federal gratuita e de excelência, reconhecendo a atuação da Rede Federal no combate às desigualdades sociais”.

Confira aqui a nota de repúdio na íntegra.

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