Assembleia Geral aponta necessidade de mobilizar categoria e ampliar debate sobre gênero no IFAL

Os servidores e as servidoras do IFAL, reunidos em Assembleia Geral Extraordinária na manhã desta sexta-feira, 27 de abril, debateram a importância de mobilizar a categoria em defesa da educação, dos serviços públicos e dos direitos das mulheres.

Realizada no Auditório de Informática do Câmpus Maceió, a AGE concentrou sua discussão em dois pontos específicos: a conjuntura nacional e os ataques à Rede Federal; e o repasse do Encontro Nacional de Mulheres do Sinasefe.

Para os presentes, é preciso ampliar o debate sobre o momento político vivido no país e os retrocessos, inclusive nas questões de gênero. “Reforma do Ensino Médio, Carreirão no serviço público, Reforma Trabalhista, que retira direitos das grávidas e lactantes, corte de verbas são algumas medidas que o governo busca nos impor. A situação política é grave e isso demanda de nós a responsabilidade de organizar a nossa categoria para resistir”, afirmou Silvia Regina, vice-presidenta do Sintietfal.

A direção do Sindicato informou que, além da Assembleia Geral, em Maceió, está com agenda de Assembleias Municipais às quartas-feiras nos campus do interior. Na avaliação dos dirigentes sindicais, as reuniões por unidade de ensino têm surtido efeito positivo e mobilizado a categoria. Informou ainda que os servidores da base que quisessem acompanhar as visitas poderiam entrar em contato com o sindicato.

Na opinião da servidora do câmpus Maceió, Vânia Galdino, é importante o sindicato dar uma atenção ainda maior à capital. “Tá passando da hora de sair dessa dormência aqui, é preciso movimentar também o campus Maceió, que é a vitrine do IFAL. Precisamos aproveitar todos os espaços para isso, panfletar nas reuniões de departamento e sugerir discussões que mobilizem a categoria”, disse a pedagoga do IFAL preocupada com a pouca participação em Maceió.

Gênero

A professora do campus Maceió, Natália Freitas, apresentou aos presentes o repasse da participação das servidoras do IFAL no Encontro Nacional de Mulheres do Sinasefe, realizado de 23 a 25 de março, em Brasília.

Ana Lady (Câmpus Marechal Deodoro), Andréa Moraes (Câmpus Maceió), Geice Silva (Coruripe) e Natália Freitas (Campus Maceió) representaram a categoria e escreveram duas teses ao evento, as quais pautam o debate sobre maternidade e assédio sexual na rede federal de Ensino.

“O encontro foi proveitoso, representou um marco importante. Isso porque o Sinasefe tem mais de duas décadas e só agora teve seu primeiro encontro de mulheres. Foi um encontro que escutou a mulher, foi um espaço de apresentar nossas angústias e romper um silêncio que existia. Mesmo sem caráter deliberativo, apontou várias propostas para articular a luta das mulheres”, disse Natália Freitas.

“Foi importante também para a gente dialogar sobre a conjuntura que vivenciamos, uma conjuntura de ataques, de uma sociedade que preza pela inferiorização de indivíduos. E as mulheres representam um setor que mais sofre”, completou a servidora.

A assembleia aprovou a convocação de uma reunião ampliada para o dia 26 de maio, fazendo um chamado a todos os ativistas que discutem gênero no IFAL, visando à construção de um ciclo de debates que percorra os câmpus e a construção de um seminário sobre o tema.

Outros

A AGE ainda recebeu denúncias sobre violação de direitos dos TAEs, no que se refere à participação em programa de pós graduação, e de autoritarismo de gestores, quanto à não utilização do regimento do aluno para punir estudantes. Em breve, mais informações sobre os temas.

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