Congresso do Sintietfal: Servidores elegem delegados em Marechal, Palmeira e Piranhas

Assembleias discutem conjuntura, instrução normativa e ataques à Rede Federal

Nesta quarta-feira, 10 de outubro, os servidores dos câmpus Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios e Piranhas se reuniram em Assembleias Municipais para eleger os/as delegados/as de suas respectivas unidades para o Congresso do Sintietfal.

Em Palmeira dos Índios, a Assembleia ocorreu às 9h30, no auditório do câmpus, e definiu os nomes de Flávio Melo e Ricardo Lima como delegado/a ao Congresso Estadual e de Diana Cecília, como suplente. Em Marechal Deodoro, a Assembleia ocorreu às 10h, no auditório da unidade, e elegeu Ana Lady, Ederson Matsumoto, Paulo Aparecido Cavalcante, Tomás Gustavo e Zilas Nogueira, na condição de delegados/a, e Carina Paz, Silvania Correia de Albuquerque e Arthur Barbosa, como observadores/as.

Pela tarde, foi a vez dos servidores do câmpus Piranhas escolher seus delegados. Ronny Souza, Marcondes Inácio e Victor Ribeiro foram eleitos na Assembleia Municipal realizada na sala dos professores.

O Congresso Estadual do Sintiefal está marcado para os dias 23 a 25 de novembro, no hotel-fazenda Cambará, em Passo de Camaragibe, e tem como objetivo propor alterações estatutárias e traçar o plano de lutas da próxima gestão sindical.

Debates

As Assembleias Municipais, além de eleger delegados/as ao Congresso, discutiram sobre a conjuntura do país, a Instrução Normativa nº 2 e os ataques à Rede Federal. Em todas as Assembleias foi pautado o avanço do fascismo e a retirada de direitos, em especial no serviço público.

A diretora de comunicação do Sintietfal, Marília Souto, explicou que o governo Temer tem imposto regras contrárias aos serviços e aos servidores públicos. “A IN 02 prioriza o controle em detrimento da qualidade do serviço e não preocupa-se com a saúde do servidor”, disse a dirigente sindical.

A diretora chamou atenção para os pontos que acredita serem os mais críticos na norma recentemente publicada, como: o fato de o documento ir de encontro ao art. 7º da CF/88 e aos arts. 73 e 74 da Lei 8.112/90 ao vedar a remuneração por horas extraordinárias. O documento também trata da jornada e do controle de frequência das carreiras EBTT e PCCTAE, baseado em um Decreto anterior à lei que as institui e regulamenta.

Outro ponto bastante repudiado foi a perseguição a docentes, com o avanço do conservadorismo. Para o diretor de formação política, Fabiano Duarte, a onda fascista ataca a liberdade de expressão e quer destruir o ensino crítico nas escolas. “A educação tem sido atacada não apenas em sua estrutura, mas também politicamente, sob acusações de doutrinamento. É um absurdo o que aconteceu no Câmpus Maragogi e está acontecendo pelo país. A proposta dos fascistas é clara, impor o medo e o silencia aos educadores, além de acabar com a rede pública e fortalecer a educação à distância”, afirmou Duarte.

Os servidores também reforçaram a necessidade de lutar em defesa da democracia, fortalecendo a campanha contra a candidatura fascista de Bolsonaro, e de defender o ensino público, gratuito e de qualidade, contra a proposta de entrega dos Instutos Federais ao Sistema S.

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