Sintietfal lança nota em defesa da liberdade de cátedra e de expressão

O Sintietfal lançou na manhã desta segunda-feira, 8 de outubro, uma nota em defesa da liberdade de cátedra e de expressão, em solidariedade ao Professor de História do Rio Grande do Norte, Euclides Tavares.

O professor ministrava uma aula sobre o cinema nacional e a importância da lei Rouanet, como forma de financiamentos de filmes brasileiros, quando foi ameaçado por pais de alunos, que o acusaram de defender o ex-presidente Lula e atacar o candidato Jair Bolsonaro.

O Sintietfal, que nunca se omitiu em defender educadores, presta toda a solidariedade ao professor e se coloca em defesa das liberdades democráticas e contra o fascismo.

Confira a nota na íntegra abaixo:

NOTA EM DEFESA DA LIBERDADE DE CÁTEDRA

A diretoria do Sintietfal, ciente da importância de defender a liberdade de cátedra e de expressão, não só em suas bases, mas em toda a educação brasileira, vem a público externar irrestrita solidariedade ao professor de História do RN, Euclides Tavares, alvo de ataques e ameaças em pleno exercício da docência. O docente foi, durante o desenvolvimento de sua atividade profissional, mais uma vítima de intimidação, resultado das ideologias de extrema direita.

O professor, que ministrava, em uma escola particular de classe média alta, uma aula sobre cinema nacional e a importância da lei Rouanet como forma de financiamento dos filmes brasileiros, foi surpreendido, ao final desta, pela coordenadora da escola, que explicou ter recebido o telefonema de um suposto pai de aluno, afirmando que o professor estaria defendendo, em sala de aula, o ex-presidente Lula e atacando Jair Bolsonaro. O mesmo homem também teria ameaçado ir à escola, com outros três pais, armados, para “resolver o problema”. Esse caso de censura e ameaças não é um caso isolado, mas mais uma expressão da crescente onda de intolerância que avança em diversos setores da sociedade, infelizmente, até mesmo entre estudantes.

Em um Estado Democrático de Direito, a discussão de uma norma em sala de aula deveria configurar uma atividade comum e parte da formação cidadã. As intimidações a esse trabalhador respingam em todos(as) os(as) trabalhadores(as) brasileiros(as)!

A perseguição tem sido ainda mais agressiva quando envolve os(as) trabalhadores(as) da Educação. O Sintietfal e o Sinasefe, desde 2015, combatem o “Escola Sem Partido”, que é a concretização, em forma de política, desses ideais autoritários. As acusações infundadas de doutrinação no interior das instituições, confundidas com a discussão do respeito às diferenças e da defesa de políticas públicas que atendam às minorias, têm alimentado grupos conservadores que têm reagido com autoritarismo, violência e desrespeito à liberdade de cátedra e de expressão.

Em defesa da democracia e das liberdades!

Contra todas as expressões do fascismo!

 

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