Vitória: Reitor suspende atividades presenciais e adota trabalho remoto

Antes, reitoria tinha suspendido apenas as aulas

Reitor suspende atividades no Ifal

Em virtude da proliferação do novo Coronavirus (Conid-19), o Ifal decidiu suspender suas atividades presenciais e adorar o trabalho remoto.Essa decisão do Reitor é uma vitória para toda a categoria e para a saúde pública em Alagoas. Ela é fruto da pressão do Sintietfal e da categoria, principalmente dos TAEs, que estavam com suas atividades laborais mantidas.

Posted by Sintietfal on Thursday, March 19, 2020

Após cobrança do Sintietfal e dos/as servidores/as do Ifal, o Reitor Carlos Guedes voltou atrás e decidiu suspender as atividades presenciais nos câmpus e na reitoria e adotar o trabalho remoto, como forma de contribuir com a não proliferação da pandemia de Coronavírus (Covid-19). Confira aqui a portaria.

Até então, mesmo com o aceno positivo do Colégio de Dirigente em paralisar as atividades por 15 dias (exceto os serviços essenciais), a reitoria tinha lançado nota suspendendo apenas as aulas presenciais.  Para os/as TAEs, a nota orientava a manutenção inalterada das atividades até uma regulamentação de quais serviços são essenciais ou estratégicos para a instituição.

“A gente se manteve em diálogo com o reitor, mesmo após a reunião do Colégio de Dirigentes, e o resultado da pressão dos servidores/as, do sindicato e da nossa nota contribuiu para que se preserve de maneira direta a saúde da comunidade em geral. Demonstra também que a posição do Sintietfal estava certa desde o início, quando procuramos a gestão preocupados com a saúde dos servidores. Não se tratava de uma histeria, mas uma necessidade de saúde pública”, afirmou Elaine Lima, presidenta em exercício do Sintietfal, comemorando a decisão. “Vale registrar que o diálogo estabelecido com a reitoria garantiu avanços”, completou.

+++ Nota Pública do Sintietfal sobre a suspensão das atividades no Ifal

Reunião do Colégio de Dirigentes foi realizada na terça-feira, 17 de março

No Colégio de Dirigentes, o Sintietfal fez a defesa da paralisação como questão de saúde pública e cobrou isonomia no tratamento entre TAEs e docentes. “Cobramos uma ação contundente da gestão do Ifal com um posicionamento claro de respeito à comunidade acadêmica, um posicionamento de garantir a saúde para os discentes, TAEs e docentes. Exigimos a imediata dispensa das aulas e a adoção do trabalho remoto para a atividade administrativa”, afirmou Flávio Veiga, diretor de políticas educacionais do Sintietfal.

A reunião, que durou quase seis horas, contou com a participação do Sintietfal, representado por Elaine Lima, Fábio Sales, Genuzi de Lima e Flávio Veiga,  de representantes estudantis e de outros servidores interessados no debate, apesar de não ser um espaço deliberativo da comunidade e sim um fórum de gestores.

Uma posição importante foi da gestão do câmpus Maceió em sustentar a suspensão das atividades na maior unidade de ensino do Ifal.

O Sintietfal, mesmo com restrito espaço de fala por não ter cadeira no Conselho, defendeu também a criação de um comitê de crises, assegurando a presença do Sindicato, para debater quais os serviços essenciais e ações a serem adotadas. “O Sintietfal exigiu do reitor um comitê de crises com a participação do sindicato, de estudantes e servidores para justamente ser elaborado um plano de ação e de contingência, levando em consideração as vozes plurais do serviço público e da categoria”, completou Veiga.

Terceirizados/as

Na reunião do Colégio de Dirigentes, um dos argumentos da gestão do Ifal foi de que fechar as portas comprometeria a folha salarial, os laboratórios vivos e os serviços fundamentais e essenciais. Os terceirizados, por exemplo, poderiam ter seus contratos suspensos se não existisse atividade mínima.

“Desde o início da semana, o Sintietfal, mesmo não sendo entidade representativa dos trabalhadores terceirizados, mas imbuídos da solidariedade de classe, que caracteriza o movimento sindical, tem se movimento para garantir os direitos e a saúde desses/as trabalhadores/as. Nesse sentido, enviamos para a equipe da reitoria notas técnicas, pareceres e determinações de outros órgãos que suspenderam o trabalho dos terceirizados sem ônus para os trabalhadores. Inclusive, hoje, entramos em contato com o Ministério Público do Trabalho pedindo inclusive orientações jurídicas de como defender essa categoria”, afirmou Yuri Buarque, secretário-geral do Sintietfal.

Nesta quinta-feira, 19, a posição da Reitoria e da Procuradoria do Ifal foi diferente, de modo a assegurar o emprego dos terceirizados/as, mesmo sem funcionamento dos câmpus.

Portaria

A portaria nº 1303, de 19 de março de 2020, suspende as atividades presenciais em todos os câmpus e na reitoria do Ifal a partir de sexta-feira, 20 de março. A portaria define o trabalho remoto para os/as servidores/as do Ifal, com competência da chefia imediata definir a distribuição dos serviços a serem realizados de maneira remota. Confira aqui a portaria na íntegra.

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