Sintietfal participa da manifestação antirracista contra o supermercado GBarbosa

Adolescente negro foi comprar o celular e acabou torturado por seguranças

O Sintietfal participou no último sábado, dia 28 de novembro, de uma manifestação antirracista contra o supermercado GBarbosa da Feirinha do Tabuleiro. Na semana anterior, no dia 21, um jovem negro foi torturado e acusado injustamente de furto. O jovem, que estava com dinheiro no bolso para comprar o celular, prestou queixa contra os seguranças do estabelecimento.

Contra esse crime de racismo e tortura, uma manifestação concentrou-se na praça da Caixa d´Água, próximo à Bomba do Gonzaga no Tabuleiro, e seguiu em passeata até a porta do supermercado. Seguranças do GBarbosa e a Polícia Militar fecharam o estabelecimento com medo dos/as manifestantes.

O secretário geral do Sintietfal, Yuri Buarque, esteve presente se solidarizando com o caso e fortalecendo a luta contra o racismo.

“Acontece que um jovem negro foi torturado nesse supermercado por um crime que não cometeu. O Sintietfal se coloca à disposição da luta antirracista, da luta antifascista e da luta contra os crimes contra a humanidade, como esse cometido pelo supermercado GBarborsa. O Sintietfal se coloca intransigentemente em defesa dos direitos humanos, contra o racismo e em defesa da vida do povo negro”, afirmou o dirigente sindical.

Andresa Gomes, diretora do DCE-UFAL, foi uma das lideranças da manifestação. Para ela, crimes como esse precisam ser combatidos. “Nessa conjuntura, em que é predominante a teoria racista do ‘preto suspeito’, absolutamente nenhum elemento aponta esse jovem como criminoso em potencial, a não ser a cor de sua pele. Os manifestantes cobraram justiça e punição pelo crime cometido, que não vai ficar como mera estatística”, reformou a estudante de história.

O caso de racismo em Alagoas aconteceu exatamente dois dias após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, quando foi espancado até a morte por seguranças da rede Carrefour.

“A execução sumária e os tão comuns episódios de torturas dos corpos negros, escancaram uma realidade muito conhecida no nosso país: o extermínio do povo preto é um projeto! Um projeto legitimado pelas estruturas do Estado burguês, que herda os padrões racistas e de supremacia racial do escravismo”, completou a coordenadora do DCE-UFAL.

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