Ministro da Educação pressiona pelo retorno das aulas presenciais. Sintietfal repudia pronunciamento

Ministro Milton Ribeiro afirma que o retorno não será condicionado à vacinação de toda comunidade escolar

Após atrasar por meses a vacinação e cortar verbas da educação, o governo Bolsonaro, por meio do ministro da educação, Milton Ribeiro, decidiu utilizar os canais de TVs e Rádio para transmitir um pronunciamento pressionando governadores e prefeitos a retomarem o ensino presencial nas escolas de ensino público de todo país.

Em cadeia nacional, na última terça-feira, dia 20 de julho, o Ministro afirmou que: “a vacinação de toda a comunidade escolar não pode ser condição para a reabertura das escolas”, e que “o Brasil já está preparado para o retorno das aulas presenciais”.

Para o Sintietfal, o posicionamento do Governo Federal é um claro desrespeito à vida, pois em nenhum momento encarou com seriedade a Covid-19, atrasou a vacinação por querer propina e a educação pública sofreu cortes de verbas a ponto de ter o menor orçamento dos últimos 10 anos.

“Sim, nós queremos retornar às salas de aula, mas com segurança. Esse desgoverno colocou a educação como sua inimiga número um, a educação, a ciência, enfim. Hoje, sequer temos dinheiro para continuarmos com as instituições federais abertas, por exemplo, sequer para garantir álcool gel e máscara para os/as profissionais da educação e para os/as alunos/as. Então, antes de mais nada, nós solicitamos a esse governo genocida, que acelere o processo de vacinação e garanta as condições necessárias para que voltemos seguros/as para as salas de aula”, afirmou o presidente do Sintietfal, Hugo Brandão.

Hoje, no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 16,6% da população está imunizada com as duas doses ou a dose única da vacinação. Segundo o DIEESE, houve aumento de 128% nos contratos encerrados por óbitos entre profissionais da educação entre janeiro e abril de 2021. Também, segundo dados dos cartórios de registros civis, dentro dos mais de meio milhão de vidas perdidas pela Covid-19, meio por cento (0,5%) do total são de jovens entre 10 a 19 anos, configurando a Covid-19 como a maior causa de mortes de pessoas dessa idade. (Confira reportagem do UOL)

 

 

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