Docentes se juntam aos TAEs na luta contra o ponto eletrônico em Penedo e Piranhas
No dia 10 de agosto, os professores dos câmpus Penedo e Piranhas tomaram a decisão de reforçar contra o ponto eletrônico e aderir ao boicote contra esse mecanismo de controle que será imposto para todos os servidores (TAEs e docentes) a partir de 1º de setembro.
A decisão em Piranhas se deu através de uma assembleia local unificada que contou com a participação de 33 servidores, entre técnicos e docentes. Apenas um se absteve da votação, todos os outros decidiram pelo boicote.
Sobre o assunto, a diretora do Sintietfal em Piranhas, Laís Góis, comenta: “Aqui no campus chegamos à conclusão da inutilidade do ponto eletrônico. Mecanismos de controle de frequência já são inúmeros e muito mais eficazes para avaliar a qualidade do trabalho dos servidores, como o registro da atividade e a supervisão dos colegas e dos discentes. Queremos debater soluções concretas para o IFAL, que valorizem os trabalhadores”.
Em Penedo, os professores rechaçaram a diretiva da Reitoria da implantação do controle eletrônico, argumentando a incompatibilidade da atividade do professor com o mecanismo, e decidiram se alinhar com os demais servidores. Confira o posicionamento abaixo:
COMUNICADO DOS PROFESSORES DO IFAL CAMPUS PENEDO
Os professores do Campus Penedo, reunidos no dia 10 de agosto de 2016 para discorrer sobre a implantação do ponto eletrônico no IFAL, decidiram por ampla maioria rechaçar e boicotar o registro do ponto eletrônico, que será imposto a partir do dia 1 de setembro de 2016. O posicionamento dos professores tem por base a Lei 11.892/2008 que, criando os IF, equiparou-os às Universidades; além da Lei 12.772/12 que estipulou critérios de isonomia entre as carreiras do Magistério Federal; respaldados pelo parecer da AGU 47/2013, partindo da análise do Decreto 1.590/95 segundo o qual os professores são dispensados do controle de frequência por exercerem atividades não computáveis, quais sejam: extensão, pesquisa, gestão, assessoramento e assistência, além daquelas previstas em legislação específica. Com essa decisão nos alinhamos ao conjunto dos servidores, que entendem necessário aderir a uma campanha de boicote ao ponto eletrônico.
Penedo, 10 de agosto de 2016.