Com R$ 600 mil a menos no orçamento, campus Maceió anuncia demissão de 12 terceirizados, redução em bolsas e fim das visitas técnicas

Em decorrência dos cortes na Educação, o campus Maceió terá R$ 600 mil a menos em seu orçamento para o segundo semestre de 2022. Para se adequar à nova realidade financeira, a maior unidade do Ifal irá demitir 12 terceirizados, suspender todas as visitas técnicas, reduzir bolsas de extensão e a compra de materiais de laboratório.

As medidas foram anunciadas pelo diretor-geral do campus Maceió, Damião Augusto, em memorando publicado nesta sexta-feira, dia 8 de julho, e passam a valer a partir do dia 26 de julho.

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Ao todo, 14 ações serão tomadas pela equipe de gestão do campus Maceió para reduzir o orçamento de R$ 8.018.300,80 para R$ 7.396.080,66. A medida mais dura é a demissão de 12 terceirizados e a não renovação do contrato do serviço de portaria.

“Muito difícil, sobretudo, porque envolve cortes de colaboradores terceirizados, que estão lá na ponta dos trabalhos, assalariados, em situações, sem dúvidas, de vulnerabilidades sociais. É a precarização da educação, diga-se, da vida e dignidade humana”, externou, com pesar, o diretor Damião Augusto.

Além das demissões, o serviço de limpeza e higienização sofrerá o corte estimado em R$ 100 mil, não terá a contratação de estagiários, todas as visitas técnicas e as diárias e passagens para viagens a serviço estão canceladas, assim como a ajuda de custo para participação em evento.

O campus reduzirá a zero a compra de materiais de expediente e em R$ 40 mil a compra de materiais de consumo para laboratório. As bolsas de extensão também sofrerão corte de R$ 40 mil. Até o momento, as bolsas de monitoria e pesquisa estão mantidas.

Cortes no Ifal

Esses são alguns dos impactos do corte de 7,76% efetuado pelo governo Bolsonaro no orçamento do Ministério da Educação. Os Institutos e Universidades em todo o Brasil perderam mais R$ 600 millhões. Ao todo, o Ifal perdeu R$ 3.160.879,00.

+++ Novo corte: Institutos e Universidades Federais já somam perdas de R$ 600 milhões

O repasse dos cortes às suas unidades foi feito de forma linear pela gestão do Ifal. Em números absolutos, o campus Satuba foi o segundo que mais perdeu com o valor R$ 323 mil, após a reitoria com R$ 271 mil e o campus Palmeira dos Índios, com R$ 223 mil.

Confira a tabela dos cortes por unidade do Ifal