Após exaustiva negociação, Unimed cede e fecha acordo de reajuste anual com o Sintietfal

Foto: Unimed Maceió

Após três mesas de negociação e duas Assembleias Gerais, o Sintietfal e a Unimed fecharam acordo do reajuste anual de 2023 em 18,5%. O valor final ficou dentro da margem aprovada na última Assembleia e bem abaixo dos 34,87% pedido pela operadora.

Para o Sintietfal, o valor final é alto mas representa um avanço, fruto da resistência da categoria. “Em março, recebemos um comunicado que o valor seria reajustado em 34,87% se não houvesse manifestação do sindicato em 10 dias. Fomos para a mesa de negociação propondo 10%. A Unimed bateu o pé e disse que sua menor proposta seria 24%, por conta dos prejuízos que alegaram ter nos últimos anos”, disse Yuri Buarque, presidente do Sintietfal.

Na primeira Assembleia Geral, os/as servidores/as do Ifal foram uníssonos em rejeitar a proposta da Unimed e formar uma comissão para retomar as negociações. Após isso, foram duas mesas de negociação e a indisposição da operadora em que o reajuste ficasse abaixo dos 20%.

“Na última Assembleia, realizada dia 8 de maio, nossa categoria teve uma posição corajosa e disse que o valor deveria ser 18%, permitindo à comissão uma margem de negociação em 1%. Ou seja, para que se fechasse o acordo em, no máximo, 19%. Na reunião com a Unimed, eles tentaram de tudo para fechar em 20% e nós, mesmo sob o risco de findar a negociação sem acordo, defendemos a posição aprovada na Assembleia”, completou o presidente do Sintietfal, Yuri Buarque.

Após a reunião, o sindicato foi comunicado que o Conselho Administrativo da Unimed cedeu e propôs celebrar o reajuste deste ano em 18,5%.

“Foi uma negociação exaustiva e extremamente difícil, com a ameaça constante de a operadora dar a negociação por encerrada e aplicar unilateralmente o valor desejado. Por outro lado, mesmo o reajuste sendo ainda alto, conseguimos mostrar a força de nossa categoria, participando das Assembleias e de todo o processo de negociação”, concluiu Buarque.

Para o próximo ano, a expectativa do Sintietfal é crescer as adesões ao plano para diminuir a sinistralidade e evitar aumentos expressivos.

Histórico

Com reajuste anual previsto para maio, a Unimed enviou em março ao Sintietfal uma carta informando que a sinistralidade de 2022 atingiu 117,70% e que, após avaliação atuarial, o índice indicado para reajuste neste contrato foi de 69,73%. Entretanto, iriam conceder um desconto e aplicar o valor de 34,87%.

“Registramos que não havendo retorno formal em 10 dias úteis a contar da data do recebimento desde comunicado o percentual de 34,87% será aplicado automaticamente a partir da fatura relativa à próxima competência maio/2023”, confira aqui o documento.

O Sintietfal se opôs ao reajuste e pediu uma mesa de negociação com a Unimed e a G2C administradora. Segundo cálculos da G2C, o percentual entre 19% e 20% já seria suficiente para estabelecer equilíbrio do contrato. Na reunião realizada no dia 10 de abril, o Sintietfal propôs 10%. A Unimed rejeitou o acordo.

Com a primeira Assembleia Geral, marcada para o dia 14 de março, a Unimed enviou novo documento ao Sintietfal afirmando não ser possível aplicar um valor inferior a 24% e considerando encerrada a mesa de negociação. A Assembleia rejeitou os 24% e elegeu uma comissão mais ampla, pedindo a retomada da negociação.

Nas semanas seguintes, a comissão se reuniu e levou à Unimed um limite de negociação de 14%. A Unimed manteve os 24%, mas sugeriu a categoria melhorar a proposta na possibilidade de um acordo.

A Assembleia do último dia 8 de maio subiu a proposta para 18% e deu à comissão uma margem de 1% a mais para a negociação. A expectativa dos representantes da Unimed na reunião era fechar no mínimo em 20%.

O Conselho Administrativo da operadora propôs o acordo em 18,5%.

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