Assembleia Geral sobe proposta para 18% e Unimed remete ao Conselho Deliberativo
Plano de saúde tentou celebrar acordo a partir de 20%

Assembleia Geral ocorreu no auditório do Sintietfal e pelo googlemeet
A negociação entre os/as servidores/as do Ifal e a Unimed pode ter fim esta semana. Após os/as sindicalizados/as decidirem em Assembleia Geral subir a proposta de 14% para 18% na tentativa de um acordo, a direção do Sintietfal voltou a se reunir com representantes da empresa de saúde nesta terça-feira, dia 9 de maio, para apresentar o percentual.
Os porta-vozes da Unimed reafirmaram inicialmente a proposta de 24% de reajuste para este ano, mas cogitaram celebrar um acordo na ocasião com valor superior a 20%. Entretanto, a Assembleia Geral dos/as servidores/as do Ifal, realizada na última segunda-feira, dia 8 de maio, pressionou a Unimed pra ficar abaixo dos 20%.
Portanto, sem uma proposta consensual, os representantes da Unimed decidiram remeter a proposta final do Sintietfal para o Conselho Deliberativo da empresa, que pode acatar a proposta ou definir unilateralmente o percentual a ser aplicado já em maio. Por isso, os/as sindicalizados/as ainda a esperam retornar com a decisão.
“Estamos diante de uma negociação exaustiva, com três mesas de negociação e duas Assembleias Gerais para tratar do tema. Nas reuniões apresentamos sempre à Unimed a situação do funcionalismo federal, que ficou sete anos sem aumento e este ano deve ter apenas 9%”, disse o presidente do Sintietfal, Yuri Buarque.
“Mesmo que a empresa tenha tido grande prejuízo no último ano, como apresentou nas reuniões, a proposta aprovada em nossa assembleia já é muito cara, sendo o dobro do nosso reajuste. Esperamos que a Unimed aceite essa última proposta, ciente de que é melhor ter um acordo, do que a empresa impor um aumento e a disputa ir para a justiça”, prosseguiu o sindicalista.
Histórico
Com reajuste anual previsto para maio, a Unimed enviou em março ao Sintietfal uma carta informando que a sinistralidade de 2022 atingiu 117,70% e que, após avaliação atuarial, o índice indicado para reajuste neste contrato foi de 69,73%. Entretanto, iriam conceder um desconto e aplicar o valor de 34,87%.
“Registramos que não havendo retorno formal em 10 dias úteis a contar da data do recebimento desde comunicado o percentual de 34,87% será aplicado automaticamente a partir da fatura relativa à próxima competência maio/2023”, confira aqui o documento.
O Sintietfal se opôs ao reajuste e pediu uma mesa de negociação com a Unimed e a G2C administradora. Segundo cálculos da G2C, o percentual entre 19% e 20% já seria suficiente para estabelecer equilíbrio do contrato. Na reunião realizada no dia 10 de abril, o Sintietfal propôs 10%. A Unimed rejeitou o acordo.
Com a primeira Assembleia Geral, marcada para o dia 14 de março, a Unimed enviou novo documento ao Sintietfal afirmando não ser possível aplicar um valor inferior a 24% e considerando encerrada a mesa de negociação. A Assembleia rejeitou os 24% e elegeu uma comissão mais ampla, pedindo a retomada da negociação.
Nas semanas seguintes, a comissão se reuniu e levou à Unimed um limite de negociação de 14%. A Unimed manteve os 24%, mas sugeriu a categoria melhorar a proposta na possibilidade de um acordo. A Assembleia do último dia 8 de maio subiu a proposta para 18%. A expectativa da Unimed era fechar no mínimo em 20%.