Assembleia: mobilização exige retorno das aposentadorias e pensões para o Ifal

Dezenas de servidores/as da ativa e principalmente aposentados/as reuniram-se na Assembleia Geral do Sintietfal, nesta terça-feira, dia 2 de maio, na entrada da Reitoria para reivindicar o retorno das aposentadorias e pensões para o Ifal.

Com adesivos, panfletos e um carro de som, a mobilização repudiou a atitude do reitor Carlos Guedes de acatar a – inconstitucional – Portaria nº 10.620 de Bolsonaro, que centraliza as aposentadorias e pensões no Instituto Nacional da Previdência Social.

Para Yuri Buarque, presidente do Sintietfal, a mobilização serviu para mostrar à Reitoria a insatisfação da categoria com a gestão do Ifal e organizar a luta para a reversão dessa medida. “Essa atividade demonstrou que os/as servidores/as não apenas estão descontentes por terem sido descartados ao INSS, mas principalmente que estão dispostos a lutar pela reversão dessa situação”, disse o sindicalista.

A vice-presidenta, Elaine Lima, pontuou que o Sintietfal deflagrou uma campanha para que as aposentadorias e pensões voltem para o Ifal e explicou que a atuação será em duas frentes.

“Primeiro, vamos buscar parlamentares e pressionar o Governo Lula para que revogue definitivamente a Portaria nº 10.620, que hoje encontra-se com o calendário de novas migrações suspenso. Segundo, vamos nos reunir com  o Reitor Carlos Guedes para que o mesmo tome a decisão de romper o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) celebrado com o INSS”, explicou a docente.

Para a aposentada Léa Mello, essa medida foi uma “crueldade” e tem impacto ainda maior sobre os/as servidores/as da ativa. “Isso é um absurdo. O que estão fazendo com todos nós é um horror! Não tem nada de cooperação técnica. E isso atinge mais os/as ativos/as do que os/as inativos/as hoje. Porque quando eu quis me aposentar, eu dei entrada no setor pessoal e com 20 dias eu estava aposentada. Hoje em dia, estão passando três meses a um ano para pedir documento para saber quanto tempo falta. É necessário que o pessoal da ativa entre nessa luta porque vão sofrer muito mais que nós”, destacou.

Da mesma forma, o servidor do campus Maceió, Rivadávia Júnior, afirmou que docentes e TAEs precisam se envolver e lutar conjuntamente pela reversão dessa situação. “A gente precisa se juntar aqui para que isso acabe. E se a gente tiver que parar, é parar as atividades dos/as ativos/as, fechar os campi, e vamos reverter esse problema juntos. Não é possível que a gente não tenha paz! Foram sete anos de governo que destruiu a gente enquanto servidor/a, foi a política de salário miserável, sem concurso público, e ainda deixar os/as aposentados/as numa situação dessas! Eu fico revoltado!”, exclamou o representante TAE no Conselho Superior.

Deliberações

Ao final da Assembleia, uma comissão de servidores/as subiu até a sala do Reitor Carlos Guedes, onde foram recebidos por sua equipe que se comprometeu a marcar uma reunião ainda na primeira quinzena de maio. A data será divulgada para que os/as interessados/as possam participar.

A segunda definição foi levar a reivindicação do rompimento do ACT com o INSS ao Conselho Superior do Ifal, que tem reunião agendada para esta sexta-feira, dia 5 de maio. Em virtude da reunião ser totalmente virtual, não será possível a presença física de aposentados/as e pensionistas – como definido na Assembleia.

Também foi aprovada a realização desta luta nacionalmente, buscando o apoio do Sinasefe e de outros sindicatos que também estejam sendo prejudicados pelo Decreto nº 10.620. Yuri Buarque e José Márcio, diretores do Sintietfal, estão em Brasília, no Grupo de Trabalho Carreira do Sinasefe, e devem levar essa pauta para a reunião.

Além disso, para pressionar o governo Lula, reuniões com parlamentares estão sendo marcadas. Nesta quinta-feira, dia 4 de maio, às 16 horas, uma comissão junto ao sindicato será recebida pelo Deputado Federal Paulão. Outros parlamentares devem ser contatados, em breve, para apoiar essa reivindicação.

Por último, o sindicato e aposentados/as ficaram de elaborar uma carta aberta expondo os motivos do retorno das aposentadorias e pensões ao Ifal.

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