Enviado por engano, comunicado sobre devolução de valores assusta aposentados/as do Ifal
Mesnagem destina-se aos/às servidores/as do INSS que aderiram à greve em 2009
A notificação “Termo de Responsabilidade – Devolução dos valores (greve de 2009)” assustou muitos/as aposentados/as e pensionistas do Ifal. A mensagem, enviada através do sougov para os/as servidores/as do INSS, chegou na última sexta-feira, dia 19, aos/às inativos/as do Ifal por engano.
A “devolução dos valores” trata-se, na verdade, de um ressarcimento que a União fará aos/as servidores/as do INSS que participaram da greve em 2009 e tiveram 30 dias descontados, o período de 16/06 a 16/07/2009.
“Essa devolução foi uma conquista da greve de 62 dias realizada ano passado [2022] e, apesar de estar firmada no acordo, o governo Bolsonaro não cumpriu. Este ano, a partir dos GTs com o governo Lula foi conquistado finalmente o pagamento. Este comunicado em questão foi enviado para todos/as os/as servidores/as do INSS no sentido de oportunizar o pagamento dos valores descontados às pessoas que aderiram à greve e não estão incluídas na lista”, afirmou Ronaldo Alcântara, presidente do Sindprev.
A confusão de os/as servidores/as do Ifal terem recebido a mensagem se deu porque a gestão do Ifal entregou a gestão das aposentadorias e pensões ao INSS, como determinou o Decreto nº 10.620/21. “Nossos aposentados/as e pensionistas receberam essa mensagem porque estão sendo tratados como servidores/as do INSS, comprovando, mais uma vez, que o órgão não tem condições de dar a especificidade e atenção que merecem”, disse Yuri Buarque, presidente do Sintietfal.
O dirigente sindical aproveitou o ensejo para reafirmar a reivindicação aprovada em Assembleia Geral de audiência com o Reitor do Ifal. “Esse mal-entendido é mais uma prova da necessidade da revogação do Decreto nº 10.620 de Bolsonaro. Queremos fazer esse debate com o Reitor Carlos Guedes para que ele se convença da importância de pôr fim ao Acordo de Cooperação Técnica com o INSS e trazer nossos/as aposentados/as e pensionistas de volta ao Ifal”, completou Buarque.