Seminário leva luta contra o Novo Ensino Médio para a Câmara dos Deputados
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou nesta quarta feira, dia 17 de maio, o Seminário do Novo Ensino Médio (NEM). O Sinasefe se fez presente denunciando a desestruturação das escolas e o aprofundamento das desigualdades e defendendo sua revogação.
“O Sinasefe está na luta contra o ‘Novo’ Ensino Médio desde 2016, junto com os nossos estudantes nas ocupações. Infelizmente prevíamos que, com ele aprovado, viveríamos o desastre e a tragédia que estamos enfrentando neste momento”, afirmou a coordenadora geral do Sinasefe, Elenira Vilela.
O Novo Ensino Médio é uma medida que não contempla os interesses da sociedade. Precariza o trabalho dos/as educadores/as, reduz o aprendizado das matérias tradicionais, introduz deficientemente itinerários formativos, aumenta a privatização do ensino público por meio da educação a distância (EaD), não oferece infraestrutura adequada nas escolas, entre outros problemas.
Para Elenira Vilela, os Institutos Federais, com ensino politécnico integrado, deveriam ser o modelo para uma completa reestruturação da educação no país.
“Uma formação profissional que não é rebaixada, que não é pautada na enganação de que os estudantes vão ter oportunidade de serem empreendedores e se resolverem numa sociedade que não dá oportunidades. É uma educação sólida, que realmente dá condições de ingresso no mercado de trabalho e que discute suas problemáticas, o ensino médio integrado é a referência que deve ser usada e foi por isso que a gente reivindicou essa fala nesse seminário, é um momento importante de debate do Brasil sobre a Reforma do Ensino Médio”, criticou a coordenadora do Sinasefe.
Revogação do NEM
O Coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, também presente no Seminário, apresentou o Projeto de Lei nº 2.601/2023, no qual aponta caminhos para a revogação do NEM, diante de um cenário de desorganização da oferta pública da etapa terminativa da Educação Básica.
O PL apresentado, procura estabelecer uma legislação que promova uma educação básica de qualidade, comprometida com a democratização do ensino e do país, que seja promotora da justiça social e que combata as desigualdades educacionais.