Sintietfal repudia instalação de terminal químico em base portuária de Maceió

Foto: Porto de Maceió

A instalação de um terminal de ácido sulfúrico no Porto de Maceió representa riscos significativos para o meio ambiente e a biodiversidade da região, especialmente por estar localizada em área urbana e próximo a pontos turísticos. Além disso, existem perigos associados ao transporte, armazenamento e manuseio da substância altamente corrosiva e tóxica.

O processo de autorização tem sido questionado por especialistas, entidades ambientais e pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL), que pediu a impugnação da construção por estar, inclusive, em desacordo com o Código de Urbanismo e de Edificações de Maceió, que proíbe o armazenamento de produtos químicos perigosos a pelo menos 500 metros do perímetro urbano.

Além disso, o local proposto para o depósito está em uma Área de Preservação Permanente (APP), próxima a importantes pontos turísticos e aos recifes de corais.

A empresa responsável é a multinacional francesa, Timac Agro Indústria e Comércio de Fertilizantes, conseguiu aval junto ao Governo Federal em 2020 para o projeto. Através de um leilão, realizado em 2018 pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Bolsonaro entregou o terminal de granéis líquidos do Porto de Maceió pela bagatela de R$ 50 mil. A área entregue, MAC10, possui 7.932 m² e é destinada à movimentação, armazenagem e distribuição especialmente de ácido sulfúrico.

O repúdio do Sintietfal reflete a preocupação com os possíveis impactos negativos da instalação da Unidade de Recebimento e Estocagem de Ácido Sulfúrico, reforçando a importância de considerar cuidadosamente os aspectos ambientais, sociais e de saúde antes de implementar projetos dessa natureza.

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