Histórico: Consup aprova criação do Núcleo de Gênero, Diversidade e Sexualidade do Ifal

O Conselho Superior do Ifal aprovou, por unanimidade, a criação do Núcleo de Gênero, Diversidade e Sexualidade. A decisão histórica foi tomada na última sexta-feira, dia 5 de maio, na reunião ordinária virtual do Consup.

“É importante que o Ifal abrace as questões de gênero, diversidade e sexualidade. A gente precisa se preparar para acolher essas assuntos, sensibilizar a comunidade acadêmica em relação ao respeito e à valorização da diversidade. O Nugedis vem para que a gente tenha um dispositivo institucional que vai trabalhar essas demandas de forma educativa, mas também de combate, ao preconceito, às violências de gênero, à LGBTfobia”, explicou a psicóloga Bárbara Guerreiro, presidenta da comissão que elaborou a minuta do núcleo.

O núcleo busca complementar uma nova vertente de ações inclusivas do Ifal, já composta pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas – NAPNE e pelo Núcleo de Estudo Afro-Brasileiro e Indígena (NEABI).“O Nugedis é um Núcleo que vem compor o terceiro eixo das estruturas das ações inclusivas proposta na Rede Federal, tendo como objetivo tratar não somente de questões da população LGBTQIA+, como também dar visibilidade a pautas relacionadas à mulher”, afirmou Diogo Souza, também membro da comissão da minuta. Antes do Nugedis, o Ifal aprovou, em 2017, utilização do nome social.

Para Bárbara, o núcleo deverá ser um setor de referência no Ifal. “Assim como os Napnes acompanham os estudantes com necessidades específicas, os nugedis também serão um setor de referência para ajudar institucionalmente. O nugedis vem para legitimar a existência dessa nossa diversidade e pluralidade e também acolher, da melhor forma, junto com outros setores as demandas, será um dispositivo institucional de referência. enfrentamento a violência de gênero e a LGBTfobia”, acrescentou a psicóloga.

A aprovação no Conselho Superior foi comemorada pelos/as presentes. Anny Barros, diretora do Sintietfal e representante docente no Conselho Superior, foi a relatora da matéria. “Muitos dos/as nossos/as alunos/as são vítimas de preconceito e de violência na comunidade, em casa, pelo simples fato de serem integrantes da população LGBTQIA+. Para esses/as estudantes a escola termina se transformando no (ou no único) ambiente de acolhimento”, disse a professora.

“O Nugedis deve estar à disposição dos/as estudantes e também atuar como o núcleo promovedor de formação continuada para os/as servidores/as e de atuação junto aos familiares, no intuito de garantirmos a seguridade necessária para se tratar desse tema na escola”, concluiu Anny.

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