Servidores/as protestam diante da residência de Arthur Lira contra a Reforma Administrativa e pelo ‘Fora Bolsonaro’

Servidores/as públicos/as, em greve nacional neste dia 18 de agosto, realizaram uma grande manifestação diante da residência do presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira. A mobilização exigiu o arquivamento da Reforma Administrativa (PEC 32) e a tramitação de um dos mais de 120 pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

Com faixas, cartazes, carro de som e a batucada do Afrodendê, servidores/as do Ifal, da Ufal, da educação municipal e estadual, trabalhadores dos Correios, ferroviários, urbanitários e diversas outras categorias se concentraram na Praça Sete Coqueiros e fizeram uma curta caminhada até o prédio que reside o deputado alagoano, na Pajuçara.

“Derrotaremos Arthur Lira e todos aqueles que são cúmplices desse governo que quer acabar com os serviços públicos e com o direito do povo pobre de ter educação, saúde e segurança pública. Porque no fundo é isso que eles querem fazer. Que fique hoje o recado na sociedade alagoana e em todo o Brasil: Athur Lira, não te esqueceremos. O bolsonarismo será derrotado e a classe trabalhadora novamente sairá vitoriosa”, afirmou Hugo Brandão, presidente do Sintietfal, em discurso no carro de som.

A principal reivindicação da greve nacional do setor público deste dia 18 de agosto é a rejeição da PEC 32, que ataca direitos dos/as servidores/as públicos/as e pretende a redução do tamanho do Estado. A Reforma Administrativa, na prática, acaba com a estabilidade do/a servidor/a, permite contratação sem concurso, facilita a privatização de serviços essenciais, entre outros ataques.

“Arthur Lira, que mora em apartamento de luxo e vive nos palacetes em Brasília, fecha os olhos para a realidade do povo pobre desse país, que vive em condições precárias e dependem dos serviços públicos. Será o povo pobre, a grande maioria do povo brasileiro, que será atingido pela Reforma Administrativa, que Lira é o padrinho”, disse Yuri Buarque, diretor do Sintietfal.

Além da defesa do serviço público, o Sintietfal também levou às ruas a bandeira da defesa da educação e do Ifal. “Há uma destruição de todo o serviço público e, em particular, da educação. Desde 2017, com a Reforma do Ensino Médio, estamos vendo essa destruição da educação. Há uma política de desinvestimento e, agora, com o novo PNLD, que vai entrar em vigor em 2022, uma destruição também de todos os conhecimentos historicamente referendados”, afirmou Ana Lady, dirigente sindical.

A greve deste dia 18 foi uma deliberação do Fórum das Centrais Sindicais, referendada pelo Encontro Nacional do Setor Público, evento que reuniu mais de 5 mil servidores/as federais, municipais e estaduais. Os/as servidores/as do Ifal aderiram à greve em Assembleia Geral, realizada na última segunda-feira, 16 de agosto.

+++ Em defesa do serviço público, servidores/as do Ifal aprovam Greve dia 18 de agosto e participação em ato contra Bolsonaro e Lira

A expectativa do movimento sindical é a ampliação dessa luta com a convocação de uma greve geral em todo o país contra a política neoliberal e pelo impeachment de Bolsonaro.

“Estamos nesse dia de greve contra a reforma administrativa e a privatização das empresas públicas, afinal está sendo proposto o desmonte do Estado brasileiro baseado em mentiras. É fundamental essa luta hoje caminhar rumo a uma greve geral. Só assim a gente derrota esse governo e a agenda neoliberal de desmonte no nosso país”, defendeu o diretor do Sintietfal, Gabriel Magalhães.

A próxima manifestação pelo ‘Fora Bolsonaro’ já está marcada para o dia 7 de setembro, quando tradicionalmente se realiza o Gritos dos/as Excluídos/as.

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