Após suspeita de covid-19, campus Rio Largo suspende atividades presenciais e liga o alerta do retorno no Ifal

Com cerca de um mês do retorno presencial no Ifal, os primeiros casos de infecção por covid-19 começam a aparecer entre alunos/as e servidores/as e liga o alerta sobre as condições sanitárias no Ifal. O campus Rio Largo do Ifal, que teve o retorno às aulas no dia 22 de novembro de 2021, foi o primeiro a suspender as atividades na unidade de ensino, retornando provisoriamente ao trabalho remoto.

“Esta Direção-Geral decide por suspender as atividades presenciais do Campus de 7 a 10 de dezembro de 2021, no sentido de aguardar o resultado do exame RT-PCR da discente. Após sexta-feira, 10 de dezembro de 2021, a situação será reavaliada para possibilitar um retorno seguro”, publicou a direção-geral do campus.

Mesmo sendo o primeiro caso entre alunos/as, a unidade de ensino já possui uma TAE afastada por 14 dias desde o dia 3 de dezembro, em virtude de o marido estar contaminado e a mesma ter apresentado sintomas da doença.

Servidores/as de outros campi e da reitoria têm buscado o Sintietfal com denúncias sobre a ausência do fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) por parte da instituição e a insegurança de trabalhar ao lado de pessoas não vacinadas, com risco muito maior de contrair a doença.

“Teve gente que não tomou vacina porque foi propagandeado que vai pegar HIV, vai mudar de sexo ou que terá um chip instalado no organismo. Isso repercute muito fácil entre os menos estudados e em gente que nega a ciência, aumentando a resistência em relação à vacina. Nós podemos ser o país que mais vacinou na América latina, no entanto as contaminações continuam pelo Brasil, entre os vacinados e não vacinados e as sequelas, por vezes, são arrasadoras, pois trazem sofrimento físico e psicológico. E as escolas têm se tornado os grandes disseminadores do vírus” disse a professora Ana Lady, diretora de comunicação do Sintietfal.

No Ifal, os/as TAEs já retornaram em todos os campi e na reitoria desde o dia 3 de novembro. Docentes e alunos/as retornaram em algumas unidades. Entretanto, a política da reitoria foi de não exigir a comprovação da vacinação para o ingresso na Instituição.

“Em novembro desse ano, o professor Felipe Almeida, do campus Marechal Deodoro pegou covid com a esposa. Fifo, como é conhecido, acredita ter sido contaminado pelas filhas, ainda crianças, que retornaram às aulas presenciais. Todos foram sintomáticos e ainda estão com dificuldades no olfato e no paladar, além do cansaço físico, tosse constante e dores pelo corpo. Se estivéssemos com as aulas presenciais, provavelmente eu e os demais colegas estaríamos na mesma situação, porque é um colega de trabalho muito próximo, além dos e das discentes que teriam tido contato devido às aulas presenciais, imaginem o quadro de contaminação!”, Completou a docente.

Para o sindicato, a exigência do passaporte da vacina deve ser instituída no Ifal, assim como já é regra em outras instituições de ensino, Estados e órgãos da justiça, como o MPF e o TRT em Alagoas. Essa luta estará em pauta na próxima reunião do Conselho Superior do Ifal, marcada para o dia 17 de dezembro.

“O que fica de alerta com esses casos recentes, é que podemos ser infectados por qualquer pessoa em qualquer situação. O que podemos controlar e cobrar são as garantias mínimas sanitárias: disponibilização de água, sabão e álcool em gel em todos os ambientes da escola e garantir que todos estejam usando máscara o tempo todo. E o mais importante: a carteirinha de vacinação comprovando a imunização com as duas doses ou a terceira. Porque mesmo que a duas doses não impeçam uma nova contaminação por covid-19 , ela reduz os casos graves e as mortes, como vimos nesses últimos meses, colegas do ifal, vítimas da covid”, finalizou a dirigente sindical.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *