Sintietfal rejeita proposta de reajuste abusivo da Unimed e inicia mesa de negociaçao
Empresa propôs 44,41%. Contraproposta aprovada em Assembleia foi de 8,46%
O Sintietfal está em negociação acerca do reajuste anual da Unimed. Baseado em seus custos operacionais, a empresa pediu o percentual de 44,41% de reajuste. A contraproposta apresentada pelo Sintietfal teve como base o IPCA-Saúde, no valor de 8,46%.
+++ Confira a resposta do Sintietfal à Unimed
A Assembleia Geral da última quarta-feira, dia 10 de abril, debateu esse tema, referendando a proposta apresentada pelo Sindicato e elegendo uma comissão, entre membros da direção do Sintietfal e representantes da base, para conduzir a negociação.
A primeira mesa de negociação está marcada para a tarde desta sexta-feira, dia 12 de abril, na sede da Unimed, no Farol. O reajuste anual da Unimed tem impacto a partir do mês de maio.
Contextualização
Os planos de saúde coletivos são baseados na livre negociação entre contrante e contratado, cabendo à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apenas monitorar os índices adotados, não podendo estabelecer teto ou intervir no resultado das negociações. Desta forma, anualmente, há uma quebra de braço entre o Sindicato e a operadora.
A Unimed busca ter como base da negociação a sinistralidade, que é o conceito utilizado para demonstrar a relação entre o custo de utilização do plano e o valor pago por seus/seus beneficiários/as. Em 2023, a empresa indicou que o percentual chegou a 99,86 e, com base neste número, propôs 44,41%.
O Sintietfal contrapropôs o reajuste tendo como base a inflação medida na área médico-hospitalar (IPCA-Saúde), argumentando também que a adesão ao plano vem crescendo e melhorando os índices em relação a anos anteriores.
Comparativamente, em 2022, a sinistralidade foi de 117,70% e o índice proposto como ideal pela Unimed foi de 69,73%. Na negociação, o valor foi reduzido para 34,87% e o valor final acordado foi de 18,5%